A Expo Milão 2015 será um evento com características particulares em relação às edições anteriores, uma vez que será a primeira Expo concebida em uma época em que as ameaças das mudanças climáticas e os desafios da pobreza e a fome mundial se tornaram parte relevante da agenda mundial. O Master Plan do arquiteto Jacques Herzog foi desenhado seguindo as premissas do tema principal da Expo: "Alimentando o Planeta, Energia para a Vida".
O projeto do Pavilhão do Uruguai para a Expo Milão 2015 apresenta o país através de um volume único simples, mas com uma forte imagem que o confere uma clara identidade própria. Apoiado em uma praça pública de clima agradável durante todo o período da Expo, estabelece uma continuidade natural com um dos principais espaços públicos da feira: o Decumano, o qual está frente ao lote 19, limites com os pavilhões da Tailândia e Nova Guinea, e se encontra bastante próximo do Pavilhão da China, comunicando-se com este através de uma rua secundária.
O Pavilhão em seu conjunto pretende propiciar uma experiência singular ao visitante, que poderá reconhecer no percurso cinco âmbitos diferentes porém interligados, que vão se sucedendo de maneira dinâmica e que conformam em seu conjunto uma unidade conceitual e espacial clara e contundente.
O edifício se abre ao público através de um acesso principal que permite ingressar diretamente ao térreo onde está o espaço de Recepção e Informação, e através de um percurso inclinado em espiral, é possível subir ao espaço principal de Exposição/Interpretação do Pavilhão. Este percurso perimetral oferece vistas dinâmicas do conjunto da Expo à medida que brinda informação sobre o Uruguai através da geração de uma paisagem sonora, onde o visitante se verá envolto até chegar ao primeiro pavimento do Pavilhão.
A rampa localizada entre a fachada de madeira acústica e o volume interno permite também um acesso ao segundo pavimento, mais privado e de acesso restringido, onde se encontram os escritórios e outros serviços para o pessoal que trabalhará no Pavilhão. Um elevador de uso público conecta todos os pavimentos, permitindo o acesso sem barreiras à todas as áreas do edifício.
A fachada do pavilhão está aparente aos visitantes da Expo através de uma envoltória suspensa que combina peças rústicas de madeira e elementos verticais em aço (além de outros elementos horizontais secundários que estão ocultos). A envoltória suspensa da cobertura do pavilhão é parte de toda a estrutura metálica do edifício. Esta 'pele' externa se comporta como uma malha de sombra que protege as paredes da fachada da radiação direta da luz do sol, já que a feira terá seu funcionamento durante os meses de verão. A parte interna do edifício permanece envolta em uma peça opaca de cor branca, que se abre através de recortes curvos que definem o contato com o solo e a praça pública.
O pavilhão atende aos critérios de sustentabilidade: utiliza materiais locais que podem ser reciclados ou reutilizados, possui um sistema passivo para controlar o ganho térmico, regula a contaminação lumínica e reduz o consumo de água.
Projeto do Pavilhão e Coordenação Geral do Projeto Arquitetônico: Arq. Javier Díaz (INAC)
Anteprojeto e Visualização: Enrique Martínez Arq. Javier Díaz
Design Gráfico Dossier e Visualização Arq. Marco Podestá Arq. Javier Díaz
Projeto Detalhado
Arquiteto Responsável: Javier Díaz
Coordenação e Desenvolvimento: Arq. Bernardo Martín - Arq. Luis Oreggioni
Equipe de Desenvolvimento: Arq. Macarena Mendiondo - Marianela Barrera - Rosina Cortegoso - Lucie Rama
Supervisão-Auditoria: Arq. Daniel Giménez
Estrutura: Ings. Magnone – Pollio
Instalações Sanitárias: Eng. Marcelo Pittamiglio
Instalações Elétricas e Iluminação: Eng. Ricardo Hofstadter
Instalações Térmicas e Ventilação, Projeto sustentabilidade: Eng. Luis Lagomarsino
Acústica: Arq. Gonzalo Fernández
Assessoramento Gastronomia: Chef Álvaro Verderosa
Arquitetos locais: MSC Associati